17 de janeiro de 2011

Um dia

Um dia,
meu irmão ricardo
me disse que para escrever sobre amor
era necessário saber toda a gramática.
Acentuações, vírgulas, acentos.
Eu perguntei:
-Você já descobriu o amor?
Ele ficou sem reposta. Eu disse:
"Eu descobri o amor!
Não está em mim, tampouco nela.
Está por ali, no meio do caminho.
É como se eu abrisse uma janela,
com calma, atenção, alma e carinho."

De longe celita suspirou:
-Ah se fôsse.
Zezin logo recitou:
"Ai Se Sêsse!
Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse
a porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse"


@Bruno Ferreira Pires

Qual seu signo?